Os produtores de produtos químicos do Brasil, através da Abiquim e outras 27 entidades, estão intensificando o lobby por tarifas de importação mais elevadas. O objetivo é proteger a indústria nacional de insumos químicos, crucial para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Alegam que as importações a preços reduzidos, muitas vezes produzidas com padrões ambientais inferiores, estão ameaçando sua competitividade.
Apelo por Medidas de Proteção
O manifesto destaca a necessidade urgente de medidas que garantam a proteção da balança comercial, essencial para manter a cadeia produtiva e atrair novos investimentos. A proposta inclui aumentar as tarifas de importação para mais de 100 produtos químicos, enfrentando resistências de grupos como a Abiplast, cujos membros dependem de importações para suprir demandas específicas.
Ampliação do Apoio Setorial
Além da Abiquim, entidades como Abiclor, Abifina e Abrafas, juntamente com sindicatos e grupos de desenvolvimento industrial, endossaram o manifesto. Este apoio é crucial, influenciando as decisões políticas em Brasília, especialmente sob o contexto do governo de esquerda de Lula, que busca expandir o emprego industrial.
Impactos Econômicos e Ambientais
O manifesto ressalta que a falta de ações para controlar importações com impactos ambientais desfavoráveis contradiz objetivos globais de sustentabilidade e contribui negativamente para esforços contra as mudanças climáticas. Além disso, argumenta-se que a redução na arrecadação tributária devido às importações exacerbou os desafios econômicos enfrentados pelo setor.
Perspectivas Futuras
À medida que aguardam a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) em agosto, os líderes da Abiquim sublinham a necessidade não apenas de tarifas de importação imediatas, mas também de um plano estrutural para enfrentar desafios a longo prazo, como os altos custos do gás natural e a necessidade de estímulo econômico abrangente.
O manifesto liderado pela Abiquim representa um esforço coletivo para proteger uma indústria vital para o Brasil, empregando cerca de 2 milhões de trabalhadores e contribuindo significativamente para o PIB industrial do país. A decisão sobre as tarifas de importação não apenas moldará o futuro da indústria química brasileira, mas também terá repercussões econômicas e ambientais de longo alcance.