FPSO percorre milhas até o Brasil enquanto Petrobras antecipa data de início de produção

Petrobras acelera cronograma com novo FPSO e projeta expansão significativa nos próximos anos.

A Petrobras está prestes a inaugurar um novo capítulo em sua história de produção de petróleo no Brasil com a antecipação do FPSO Maria Quitéria. Este avanço faz parte de um esforço estratégico mais amplo, conforme revelado no recente ‘Plano Estratégico 2024-2028’, que visa investir significativamente em novos projetos de descarbonização e expansão.

Antecipação do Cronograma do FPSO Maria Quitéria

Em uma cerimônia realizada no Estaleiro Cosco Shipping Heavy Industry (Shanghai) em abril de 2024, a Petrobras anunciou a antecipação do início das operações do FPSO Maria Quitéria. Originalmente planejado para 2025, o FPSO agora está programado para entrar em operação no último trimestre de 2024. Este avanço é um marco importante no projeto integrado Parque das Baleias, que inclui os campos Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Campos de Mangangá.

Especificações Técnicas e Impacto Ambiental

Equipado com tecnologias de descarbonização avançadas, como sistema de geração de energia de ciclo combinado e FGRU (closed flare), o FPSO Maria Quitéria terá capacidade para processar 100 mil barris de petróleo por dia e 5 milhões de metros cúbicos de gás. Localizado no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, Espírito Santo, o FPSO operará em lâmina d’água de aproximadamente 1.300 metros, representando um avanço significativo em termos de eficiência e sustentabilidade ambiental.

Expansão e Futuros Projetos

Além do Maria Quitéria, a Petrobras está planejando o lançamento de 14 FPSOs entre 2024 e 2028, conforme seu ambicioso plano de investimento. Este plano inclui um gasto total de US$ 102 bilhões, com US$ 11,5 bilhões destinados a projetos focados na descarbonização. Recentemente, a empresa confirmou decisões finais de investimento para a segunda fase de desenvolvimento dos campos de Atapu e Sépia, além de contratar a Seatrium para a construção dos FPSOs P-84 e P-85, avaliados em US$ 8,15 bilhões.

Com esses desenvolvimentos, a Petrobras está não apenas reforçando sua posição como líder na indústria de petróleo brasileira, mas também estabelecendo novos padrões de eficiência e sustentabilidade. O futuro parece promissor para a empresa, que continua a moldar o panorama energético do país e além.


Débora Souza

Débora Souza é jornalista especializada em tecnologia e inovação no setor de energia. No O Petróleo, ela oferece insights profundos e atualizações sobre as últimas tendências tecnológicas e avanços no campo energético.

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