segunda-feira, 17 fevereiro / 2025

Com a queda da taxa Selic para níveis historicamente baixos, muitos investidores estão buscando alternativas para rentabilizar suas carteiras. Entre essas opções, os fundos imobiliários (FIIs) se destacam como uma estratégia eficiente e estável para quem deseja garantir uma fonte de renda passiva consistente. No entanto, é essencial entender como aproveitar essa oportunidade e quais fundos ainda estão subavaliados no mercado. Vamos explorar os detalhes.

O que são fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são veículos de investimento que aplicam recursos em imóveis financeiros ou ativos relacionados, como shoppings, edifícios comerciais, hospitais e até mesmo no mercado de papel, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Eles geram renda por meio de aluguéis ou de valorização de imóveis, distribuindo esses lucros aos investidores sob a forma de dividendos mensais.

Diferentemente das ações, onde a rentabilidade pode ser variável, os FIIs oferecem maior previsibilidade nos rendimentos, uma vez que seus dividendos são frequentemente corrigidos pela inflação. Além disso, os FIIs procuram aos investidores a oportunidade de participar do mercado imobiliário sem precisar comprar imóveis diretamente, um atrativo especialmente em tempos de juros baixos.

Como a queda dos juros afeta os fundos imobiliários?

Com a Selic em níveis reduzidos, o apetite por investimentos que garantam rendimentos superiores se intensificarem. Os fundos imobiliários, que costumam oferecer dividendos de 8% a 10% ao ano, tornam-se cada vez mais atrativos em comparação com a rentabilidade da poupança e dos títulos públicos. Esses fundos, especialmente os de “tijolo” (que investem diretamente em imóveis), tendem a se beneficiar em dois aspectos:

  1. Valorização de imóveis: Com os juros mais baixos, o financiamento de imóveis fica mais acessível, o que pode investir a demanda por imóveis comerciais e residenciais, promovendo sua valorização.
  2. Correção dos aluguéis pela inflação: Muitos contratos de contratação possuem cláusulas de correção pelo IPCA, o que garante que os aluguéis acompanhem a inflação, tornando os rendimentos dos FIIs ainda mais seguros em tempos de alta inflação.

Por que investir em Fundos Imobiliários?

Os fundos imobiliários são uma excelente opção para quem busca uma forma eficiente de obter renda passiva. Ao investir em FIIs, você adquire “cotas” de um fundo que possui imóveis, e os rendimentos são distribuídos mensalmente, na forma de dividendos. Além disso, ao escolher fundos imobiliários bem administrados e com imóveis de alta qualidade, o investidor pode ver seu patrimônio crescer ao longo do tempo.

Os fundos imobiliários oferecem diversas vantagens:

  • Previsibilidade nos rendimentos: Com a crise e a queda da Selic, a estabilidade dos rendimentos mensais garantidos é uma opção adequada.
  • Diversificação: Ao investir em FIIs, você pode acessar uma gama de imóveis comerciais, industriais ou de logística, aumentando sua diversificação no mercado imobiliário sem precisar comprar vários imóveis financeiros.
  • Valorização do patrimônio: Os imóveis têm histórico de valorização no longo prazo, especialmente quando bem localizados, o que torna os FIIs ainda mais atraentes.

Quais fundos imobiliários ainda estão descontados?

Se você deseja aproveitar os preços abaixo do valor patrimonial (PVP) para obter uma boa rentabilidade, alguns fundos estão atualmente em oferta. Aqui estão cinco FIIs que ainda estão descontados e com grande potencial:

  1. HGLG11

Com imóveis localizados em regiões nobres de São Paulo e grande parte de seus aluguéis corrigidos pela inflação, o HGLG11 é uma das opções mais promissoras para quem busca alta rentabilidade. Mesmo com uma cotação relativamente alta, o fundo paga dividendos de cerca de 9% ao ano, o que é atrativo para os investidores.

  1. HGRE11

Este fundo investe em imóveis de alto padrão em locais estratégicos. Com uma gestão sólida e contratos de longo prazo, o HGRE11 tem potencial de valorização acima da média, o que o torna uma excelente escolha para quem deseja um fundo com boa rentabilidade e perspectiva de valorização do patrimônio.

  1. VISC11

Com foco em shoppings centers, o VISC11 aposta no crescimento do mercado de varejo, especialmente após a recuperação econômica pós-pandemia. Este fundo tem mostrado um desempenho sólido, com uma alta taxa de ocupação de seus imóveis e uma rentabilidade de 8 a 10%.

  1. MXRF11

Apesar de ser um fundo mais focado em ativos de papel, o MXRF11 está negociando com um PVP de 1,08, o que representa uma oportunidade para quem deseja acessar um portfólio diversificado com imóveis e recebíveis de alta qualidade.

  1. IRDM11

Com um excelente histórico de distribuição de dividendos, o IRDM11 está entre os fundos que estão negociando com um valor abaixo do seu valor patrimonial. Além disso, sua carteira é bem diversificada, o que garante a segurança do investimento no longo prazo.

O que você deve evitar ao investir em Fundos Imobiliários?

Embora os fundos imobiliários ofereçam ótimas oportunidades de rentabilidade, é essencial que o investidor evite alguns erros comuns:

  • Invista sem diversificação: Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Tenha uma carteira patrocinada de FIIs para reduzir riscos.
  • Não acompanhe a evolução do mercado imobiliário: O mercado de imóveis pode passar por ciclos de alta e baixa, portanto, é importante monitorar constantemente o mercado.
  • Focar apenas nos dividendos: Embora os dividendos sejam atrativos, é necessário avaliar também o potencial de valorização do fundo e da saúde financeira da sua administração.

Os fundos imobiliários são uma excelente forma de garantir uma fonte de renda passiva constante e segura, especialmente em tempos de juros baixos. Investir com uma visão de longo prazo e diversificar sua carteira são estratégias essenciais para garantir o sucesso no mercado imobiliário.

Se você está buscando uma alternativa rentável à caderneta de poupança ou aos investimentos tradicionais, os FIIs oferecem uma proposta sólida. Com o cenário atual, é possível encontrar ótimas oportunidades em fundos que estão sendo negociados abaixo do valor patrimonial, permitindo aos investidores aproveitar tanto a valorização dos imóveis quanto o alto rendimento dos dividendos.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.

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