Os preços do petróleo demonstraram estabilidade na sexta-feira, mas estão neste caminho de uma queda semanal significativa, impulsionada pela expectativa de um aumento na produção proveniente da Líbia e do grupo Opep+. A nova estratégia de estímulo econômico da China, maior importadora de petróleo do mundo, também é um fator importante a ser considerado.
Os contratos futuros do petróleo Brent registraram uma alta de 0,1%, alcançando US$ 71,68 o barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) apresentou uma valorização semelhante, subindo para US$ 67,73. Contudo, ao longo da semana, o Brent caiu quase 4%, e o WTI se dirige para uma queda de cerca de 6%.
Priyanka Sachdeva, analista sênior da Phillip Nova, comenta que a decisão da Opep+ de aumentar a produção não trouxe problemas, mas sim uma maior apreensão ao mercado, que já enfrentou um cenário de demanda enfraquecida nos últimos meses. “Ainda que a injeção de liquidez e as reduções nas taxas de juros pela China possam exercer a demanda, é certo que isso se refletirá em um aumento substancial na necessidade de combustível”, afirma o analista.
Recentemente, o banco central da China propôs medidas para estimular a economia, reduzindo as taxas de juros e injetando liquidez no sistema financeiro, buscando atingir uma meta de crescimento econômico de aproximadamente 5% para este ano. Espera-se que mais iniciativas fiscais sejam anunciadas antes do feriado nacional, que se inicia em 1º de outubro, em resposta aos desafios econômicos crescentes.
Paralelamente, a situação na Líbia está em transformação. Facções rivais que disputam o controle do Banco Central da Líbia firmaram um acordo na quinta-feira para encerrar a disputa, que havia restrições nas exportações de petróleo bruto para 400.000 barris por dia, uma queda drástica em relação a mais de 1 milhão de barris no mês anterior.
Além disso, a Opep e seus aliados, coletivamente conhecidos como Opep+, seguirão com planos de incrementar a produção em 180.000 bairros por dia a partir de dezembro. Uma reportagem do Financial Times destacou que essa estratégia reflete a decisão da Arábia Saudita de abandonar sua meta de preço de US$ 100 por barril, buscando expandir sua participação no mercado. No entanto, a Arábia Saudita reiterou que não possui uma meta de preço específica e que os planos para aumentar a produção não representam uma mudança significativa na política actual.
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