quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

A moeda americana registrou sua 11ª queda consecutiva, fechando o pregão desta segunda-feira (3) cotada a R$ 5,80. O movimento de desvalorização ocorre em meio a fatores globais e locais, incluindo as expectativas sobre política monetária, tensões comerciais e fluxos de investimento.

Cenário Global e Impacto no Brasil

A queda do dólar está diretamente ligada às movimentações globais, com destaque para as recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e México. O governo americano anunciou a intenção de aplicar tarifas de 25% sobre produtos mexicanos, mas recuou após negociações, gerando alívio no mercado cambial.

No Brasil, a maior estabilidade política e o fluxo positivo de investimentos estrangeiros também contribuíram para a valorização do real. Segundo analistas, a percepção de um governo mais comprometido com o centro político e a responsabilidade fiscal tem impulsionado a confiança dos investidores.

O Papel da Política Monetária

A atuação do Banco Central também tem sido um fator relevante. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a autoridade monetária indicou que pode reduzir o ritmo de elevação da Selic caso a economia brasileira continue desacelerando. Isso ajudou a manter a atratividade do real frente ao dólar, incentivando fluxos de investimento para o Brasil.

Bolsa e Juros Reagem

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve um dia de volatilidade, fechando com queda de 0,31%. O movimento reflete a incerteza global, especialmente com as novas políticas tarifárias dos EUA, que podem impactar os mercados emergentes.

Por outro lado, o mercado de renda fixa continua reagindo positivamente. A taxa dos títulos do Tesouro Direto para 2029 caiu cerca de 100 pontos-base no último mês, refletindo uma menor percepção de risco fiscal e a expectativa de que os juros possam cair mais cedo do que o esperado.

Perspectivas para os Próximos Dias

Os investidores agora voltam atenção para a ata do Copom, que será divulgada nesta terça-feira (4), trazendo mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária. Além disso, os dados do mercado de trabalho americano, previstos para sexta-feira (7), poderão influenciar a direção do dólar no curto prazo.

Com um câmbio mais estável e uma possível inflexão na política de juros, a economia brasileira pode se beneficiar da atual conjuntura. No entanto, analistas alertam que a volatilidade continua alta, especialmente com as incertezas no cenário político global.

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Suzana Santos é economista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Finanças e Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 10 anos de experiência em análise de políticas econômicas e benefícios sociais, Suzana se destaca por sua habilidade em traduzir temas complexos em informações acessíveis e úteis para os leitores.No O Petróleo, Suzana contribui com artigos que abordam desde investimentos e planejamento financeiro até programas de benefícios sociais, sempre com foco na educação financeira e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sua visão estratégica e compromisso com a excelência informativa fazem dela uma peça essencial na equipe editorial.

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