Se você está se perguntando onde começar sua carreira marítima, saiba que a escolha do tipo de embarcação pode impactar significativamente sua trajetória. Muitos optam por iniciar em petroleiros, navios químicos ou de carga. No entanto, começar em um navio menor que faça operações frequentes, como os que atuam na importação, pode ser a melhor opção. Isso porque esses navios oferecem oportunidades constantes de aprendizado em operações de amarração, o que é fundamental para um oficial de convés.

Uma dica valiosa é se familiarizar com o inglês, a principal língua de comunicação a bordo. Trabalhar em uma tripulação multinacional exige que você se comunique de maneira clara e eficiente, independentemente da nacionalidade de seus colegas.

Vale a pena mudar de tipo de navio?

Algumas pessoas perguntam se é viável fazer a transição de navios de carga para transportadores de GNL. A resposta é sim, é possível, e não há nada de errado com isso. Embora possa haver uma curva de aprendizado ao mudar para uma nova categoria de navio, cada experiência é enriquecedora. Trabalhar em navios de GNL ou GLP traz novas responsabilidades, mas também oferece oportunidades de crescimento na carreira.

O perigo da inalação de gases em navios de GNL

Uma preocupação comum é sobre os perigos relacionados à inalação de gases a bordo de navios de GNL. Felizmente, a exposição direta à carga é mínima, pois os gases são mantidos contidos em sistemas especializados. Além disso, todas as embarcações de GNL são equipadas com sistemas de detecção de gases, que garantem a segurança da tripulação. Esses sistemas são projetados para monitorar constantemente qualquer vazamento, oferecendo proteção adicional para quem trabalha a bordo.

Duração dos contratos a bordo

O contrato padrão para um oficial de convés em um navio de GNL costuma ser de quatro meses, com a possibilidade de estender por mais 45 dias, dependendo das condições de operação e do cronograma do navio. Em algumas situações, você pode desembarcar antes do previsto, enquanto em outras, poderá ter que ficar a bordo por mais tempo, especialmente se o porto de destino for de difícil acesso. A flexibilidade é essencial para qualquer pessoa que deseja trabalhar no mar.

O sistema de contenção de carga em navios de GNL

O sistema de contenção de carga varia conforme o tipo de transportador de GNL. Existem dois tipos principais: membrana e musgo. Cada sistema tem suas peculiaridades, que incluem compressores de diferentes estágios e sistemas de alívio. A familiarização com o manual de carga e os procedimentos de emergência é essencial para quem trabalha a bordo. Aproveitar dias mais tranquilos, como os domingos, para revisar esses manuais e verificar o equipamento do convés é uma ótima prática.

É necessário ter conexões para trabalhar em um navio de GNL?

Embora seja possível conseguir uma vaga por meio de conexões, o desempenho a bordo é o que realmente importa. Se uma pessoa é contratada sem estar devidamente qualificada, cabe ao capitão e à tripulação ajudar no treinamento. Porém, a vontade de aprender e melhorar é fundamental. Para quem deseja se destacar na indústria naval, é importante provar que é merecedor da posição.

A importância da vigilância de navegação segura

Uma das responsabilidades principais de um oficial de convés é manter a segurança da navegação. Isso inclui seguir os procedimentos da empresa, realizar a checagem de listas de verificação e estar sempre atento às condições de navegação. A observação visual é tão importante quanto o monitoramento de sistemas como radares e sensores. Nunca hesite em pedir ajuda ao capitão se algo parecer fora do normal — a comunicação eficiente é fundamental para a segurança a bordo.

Fornecemos uma visão completa e humanizada sobre a vida e o trabalho a bordo de navios de GNL, oferecendo dicas práticas e informações relevantes para quem está iniciando ou já trabalha na área. Ao final, é sempre importante lembrar que, independentemente de como você começa, a dedicação e o esforço são os principais fatores para o sucesso na carreira marítima.

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Fabiane Melo é jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, escreve para o site Opetróleo, onde se dedica a produzir conteúdos sobre carreiras, cursos e concursos, ajudando seus leitores a se prepararem para novas oportunidades e desafios profissionais.