Uma pesquisa destaca um movimento crescente das empresas de petróleo e gás de xisto dos Estados Unidos em direção à eletrificação de suas operações. Este esforço, destinado a reduzir as emissões de diesel e a poluição ambiental, enfrenta, no entanto, sérios desafios de infraestrutura e custo, o que pode retardar significativamente sua implementação.

De acordo com o estudo, que investiu executivos do Texas, Louisiana e Novo México, aproximadamente 20% das empresas entrevistadas já converteram completamente suas operações para plataformas de perfuração elétrica e fraturamento hidráulico. Entretanto, cerca de 29% dos participantes, especialmente aqueles com operações na Bacia Permiana, no oeste do Texas e Novo México, expressaram preocupações com a incerteza quanto ao futuro acesso à rede elétrica.

Além dos desafios com a infraestrutura da rede, outros obstáculos incluem os processos de licenciamento e a demora na obtenção de equipamentos necessários para a eletrificação. “Os requisitos legais para aprovação de interconexões de rede são fracos, o que atrasa os processos que poderiam ser concluídos em três meses para até dezoito meses”, relatou um dos executivos de serviços.

Embora a transição para operações mais limpas seja uma vantagem competitiva e ambiental, os altos custos iniciais e a infraestrutura de suporte apresentam desafios significativos. Uma pesquisa realizada entre 11 e 19 de setembro cobriu 136 empresas de energia, das quais 91 são de exploração e produção e 45 de serviços de campos petrolíferos.

Esta tendência de eletrificação, embora promissora, exige uma atenção cuidadosa das estratégias para superar os desafios existentes, garantindo que o setor de petróleo e gás possa efetivamente contribuir para a redução de emissões sem obstáculos insuperáveis.

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Thailane Melo é jornalista multimídia com mais de uma década de experiência na cobertura da indústria de petróleo e gás. Como editora do OPetroléo, Thailane aprofunda-se em temas como upstream, offshore, marítimo e naval. Bacharel em Jornalismo pela USP, Thailane possui uma vasta experiência em redação, pesquisa e edição para diversas plataformas.