O Brasil, segundo maior exportador global de óleo de soja, enfrenta uma projeção de queda nas exportações para o ano comercial 2024-25, estimada em 1,4 milhão de toneladas, marcando uma redução de 22,2% em relação ao ano anterior, apesar do crescimento contínuo na produção. O Departamento de Agricultura dos EUA reporta essa tendência.
Impacto dos Mandatos de Biodiesel
Em 2024, o óleo de soja representou 72% das matérias-primas para biodiesel no Brasil, comparado a 69% em 2023, conforme dados da Abiove. O mandato atual de mistura de biodiesel é de B14 e será elevado para B15 no próximo ano, com planos para alcançar 25% até 2030, segundo Daniele Siqueira da AgRural.
Pressões e Perspectivas Futuras
A flexibilidade dos mandatos de biodiesel, embora promova o mercado interno, reduziu significativamente as exportações brasileiras de óleo de soja desde 2023. Analistas alertam que o Brasil poderá parar de exportar o produto nos próximos anos, a menos que aumente sua capacidade de processamento ou adote novas matérias-primas.
Preços e Comércio Global
A oferta abundante de soja na América do Sul, combinada com a redução das exportações para atender à demanda interna, está pressionando os preços do óleo de soja brasileiro, atualmente negociados nos níveis mais baixos em três anos, segundo a Platts.
Impactos Econômicos e Comerciais
O Brasil, importante fornecedor global de óleo de soja, enfrenta desafios econômicos com a potencial interrupção das exportações, afetando especialmente parceiros como a Índia, principal importador. A introdução da medida provisória 1227 aumentará os custos de exportação de grãos e oleaginosas, exacerbando ainda mais essas perspectivas.
Esta reformulação foca nos principais pontos sobre a produção de óleo de soja do Brasil, destacando os efeitos dos mandatos de biodiesel e a influência nos mercados global e interno.