Declínio no Porto de Natal preocupa setores econômicos do Rio Grande do Norte

Infraestrutura Inadequada e Perda de Competitividade Afetam Movimentação de Cargas

A redução drástica na movimentação de cargas no Porto de Natal tem gerado preocupações entre a Fecomércio-RN e a Faern. Nos primeiros quatro meses deste ano, houve uma queda de 48,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, o declínio já era evidente, com uma diminuição de 32,6% nas operações em relação ao ano anterior.

Infraestrutura Inadequada Limita Competitividade

Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN, destaca que a infraestrutura precária coloca o estado em desvantagem competitiva frente a portos consolidados como Suape e Pecém. Problemas como o calado dos navios e a falta de estruturas de defesa na Ponte Newton Navarro são citados como obstáculos significativos.

Impacto na Exportação de Frutas

Para José Vieira, presidente da Faern, a saída da CMA CGM do Porto de Natal representa uma perda crítica para a exportação de frutas. A falta de investimento em infraestrutura impede que o porto aproveite seu potencial máximo nesse setor.

Necessidade Urgente de Investimentos

A falta de dragagem adequada e de estruturas de proteção na ponte são apontadas como principais razões para o declínio das operações. A Fecomércio-RN defende investimentos urgentes para melhorar a infraestrutura do terminal, especialmente para facilitar a navegação de cabotagem.

Comparativo Nacional e Desafios Locais

Enquanto o Porto de Natal enfrenta desafios, a movimentação de cargas nos portos brasileiros cresceu 5,92% nos primeiros quatro meses deste ano, segundo a Antaq. Essa disparidade destaca a urgência de revitalização e investimentos no Porto de Natal para garantir sua competitividade regional.


Débora Souza

Débora Souza é jornalista especializada em tecnologia e inovação no setor de energia. No O Petróleo, ela oferece insights profundos e atualizações sobre as últimas tendências tecnológicas e avanços no campo energético.

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