O peso da conta de luz tem levado cada vez mais brasileiros a buscar alternativas para reduzir os custos mensais. Entre as soluções em alta, a instalação de painéis solares tem sido uma das mais comentadas. Mas será que realmente vale a pena? Após um ano utilizando um sistema fotovoltaico residencial, um consumidor decidiu compartilhar a experiência prática, os valores investidos, a economia gerada e os pontos que ninguém costuma contar.
Como funciona o sistema instalado
O sistema é composto por oito painéis solares de 550W, instalados sobre o telhado da residência. As placas captam a energia do sol e a transformam em eletricidade, que é enviada ao inversor, responsável por converter a corrente contínua em corrente alternada, a mesma utilizada pelos aparelhos domésticos.
Nesse caso, o sistema é on-grid, ou seja, está conectado à rede da concessionária. Isso significa que:
Quando o consumo da casa é maior que a energia gerada, a diferença vem da rede elétrica.
Quando a geração é maior que o consumo, o excedente é injetado de volta para a concessionária, gerando créditos para serem descontados da conta.
Para isso, foi necessário substituir o relógio comum por um medidor bidirecional, que registra tanto o que entra da rede quanto o que é devolvido.
Quanto custou instalar
A instalação completa — painéis, inversor, fiação, mão de obra e regularização — custou aproximadamente R$ 17 mil.
Hoje, existem várias opções de financiamento solar, e muitas empresas parcelam a compra no cartão de crédito, o que tem facilitado o acesso ao sistema.
Quanto era a conta de luz antes e quanto passou a ser
Antes da instalação, a residência pagava em média R$ 420 por mês em energia elétrica.
Depois do sistema fotovoltaico ativo e regularizado, a conta passou a cerca de R$ 70 mensais, valor que representa taxas mínimas e eventuais ajustes de leitura.
📉 Economia média mensal: R$ 350
💰 Economia anual estimada: R$ 4.200
Tempo de retorno do investimento
Com base na economia mensal, o retorno estimado é de aproximadamente 48 meses (4 anos).
Como a vida útil dos painéis é de 25 a 30 anos, o consumidor terá cerca de 26 anos de economia real, após pagar o investimento inicial.
Manutenção: dá trabalho?
Ao contrário do que muitos imaginam, a manutenção é simples.
O único cuidado necessário é limpar os painéis periodicamente para manter a eficiência da captação solar. Quando sujos, a geração pode diminuir.
O custo da limpeza é baixo, podendo ser feita pelo próprio morador (com segurança) ou contratada.
E se faltar energia da rua?
Como o sistema é on-grid, quando a rede da concessionária cai, a energia para dentro da casa também é interrompida — mesmo que o sol esteja brilhando.
Para evitar isso, só com:
Sistema off-grid
Ou instalação de baterias (o que encarece o projeto)
Dificuldades com a concessionária
Um ponto crítico relatado foi a leitura manual do relógio bidirecional, que ocasionou erros nas contas nos primeiros meses.
Quando o funcionário não registra corretamente a energia injetada, o valor cobrado pode vir mais alto do que o devido.
Nesse caso, foi necessário abrir reclamações até o cálculo ser corrigido.
Após um ano de uso, a avaliação é positiva: a economia foi significativa, o sistema funcionou de forma estável e o retorno financeiro está dentro do esperado.
Para quem paga contas acima de R$ 300 e tem boa incidência de sol, o painel solar se mostra um investimento de longo prazo com retorno previsível.




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