quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

Nos últimos meses, os fundos imobiliários enfrentaram um cenário de volatilidade crescente. O aumento das taxas de juros, alterações nas regulamentações internas e novas emissões abaixo ou acima do valor patrimonial são apenas algumas das mudanças que têm impacto nas cotações e na confiança dos investidores.

Impactos econômicos no mercado imobiliário

O ajuste das taxas de juros elevou o custo do capital, pressionou os rendimentos e conseguiu o apetite por fundos de tijolo, como os de centros comerciais e escritórios. Por exemplo, o fundo HSML11 anunciou a prorrogação de um desconto na taxa de administração, buscando atrair investidores e manter a competitividade em um ambiente desafiador.

Já no caso do HTMX11, as emissões emitidas acima do valor patrimonial desenvolveram-se para uma valorização significativa de suas cotas, enquanto as reavaliações de ativos investiram o valor patrimonial em 13%. Essa abordagem contrastante destaca como diferentes gestores estão adaptando suas estratégias para navegar conforme a pressão do mercado.

Estratégias de resiliência

Além disso, fundos como XPLG11 têm se concentrados em contratos de contratos mais longos e lucrativos, enquanto outros, como o MFII11, optam por anunciar dividendos trimestrais com antecedência, oferecendo maior previsibilidade aos cotistas. Já o KNCR11 e o MA11 ajustaram suas emissões de cotas para fortalecer a caixa e se protegerem contra oscilações futuras.

No lado negativo, alguns fundos enfrentaram devoluções de imóveis, como o RBRL11, que agora precisa buscar novos inquilinos. No entanto, a multa rescisória prevista pode servir como um intervalo temporário, enquanto novas estratégias de ocupação são inovadoras.

O que está por vir

Com a continuação do ambiente de juros elevados e a instabilidade econômica global, muitos investidores se perguntam: é hora de manter ou sair dos FIIs? A resposta depende das características de cada fundo e de como os gestores estão ajustando suas carteiras. Fundos com ativos bem investidos, contratos longos e sem alavancagem excessiva tendem a resistência melhor às pressões externas.

Para aqueles que buscam segurança, fundos de papel, como CRI e CRA, podem oferecer retornos mais previsíveis, ainda que com menor potencial de valorização. Já os fundos de tijolo dependem fortemente de uma recuperação do mercado imobiliário e do aumento na movimentação de seus ativos.

Ao final, cabe ao investidor avaliar cuidadosamente as mudanças nos regulamentos, as estratégias dos gestores e as tendências macroeconômicas antes de tomar decisões. Mantendo um olhar atento aos comunicados ao mercado e informando sobre as condições de cada fundo, é possível navegar com mais segurança em tempos de incerteza.

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Eliomar Menezes é economista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Planejamento Econômico e Finanças Corporativas. Com mais de 15 anos de experiência no setor financeiro, atua como analista econômico e consultor em estratégias de mercado. Sua expertise inclui macroeconomia, análise de investimentos e projeções de mercado. No O Petróleo, Eliomar oferece análises aprofundadas e orientações práticas sobre as tendências econômicas, fortalecendo a base de conhecimento dos leitores.

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