A China deu mais um passo importante no setor de energia renovável ao lançar a maior turbina eólica flutuante do mundo, com uma capacidade de geração de 20 megawatts (MW). O equipamento, fabricado pela CRRC Corporation Limited, principal produtora de trens do país, foi desenvolvido inteiramente em território chinês e já saiu da linha de produção na cidade de Yancheng.

Com um rotor de 260 metros de diâmetro, equivalente a sete campos de futebol, a turbina pode gerar eletricidade suficiente para abastecer cerca de 37 mil residências por ano. Além disso, estima-se que o equipamento economize aproximadamente 25 mil toneladas de carvão e evite a emissão de 62 mil toneladas de dióxido de carbono anualmente, segundo a CRRC.

Enquanto a China lidera globalmente em investimentos e capacidade instalada de energia renovável, o setor de turbinas eólicas flutuantes ainda está em expansão no país. O maior parque eólico flutuante em operação, localizado na Noruega, é composto por turbinas de menor capacidade, cada uma gerando 8,6 MW, demonstrando o avanço tecnológico da nova turbina chinesa.

O vice-gerente da CRRC, Wang Dian, destacou a importância da inovação no setor de energia eólica, afirmando que as turbinas flutuantes representam uma tendência tecnológica que definirá o futuro da geração de energia limpa.

Nos últimos anos, a China tem sido responsável por mais de 40% das adições anuais de capacidade global de energia renovável, demonstrando seu compromisso com a transição energética. A turbina recém-lançada coloca o país em posição de explorar ainda mais as oportunidades no mercado global de energia eólica flutuante.

A produção de turbinas como a da CRRC reforça a estratégia chinesa de expandir sua atuação em mercados internacionais, com fabricantes locais assinando contratos significativos, como o da Mingyang para o projeto Med Wind na Itália, onde turbinas de 18 MW serão utilizadas em um parque eólico flutuante de 2,8 GW no Mediterrâneo.

Com desafios relacionados ao custo e à complexidade tecnológica, a energia eólica flutuante está em desenvolvimento em várias partes do mundo, mas a China busca consolidar sua posição de liderança nesse mercado emergente.

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Suzana Melo é uma jornalista renomado com mais de 15 anos de experiência, em temas relacionados à inovação e desenvolvimento tecnológico, ela aborda com profundidade as transformações industriais e sustentáveis nesses setores. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas no Brasil.