O Brasil registrou uma expansão considerável na capacidade instalada de geração de eletricidade entre 2022 e 2023. De acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a principal fonte de crescimento no período foi a energia hidrelétrica, que representou 45,7% da nova capacidade instalada. Entretanto, a energia solar destacou-se por sua expansão proporcional, crescendo 54,8% e adicionando 13,4 gigawatts (GW) ao sistema elétrico nacional.
Geração de Energia em 2023
Em termos de produção de eletricidade, o Brasil gerou aproximadamente 708 terawatts-hora (TWh) em 2023, um aumento de 4,6% em comparação ao ano anterior. Houve uma queda notável na geração térmica de gás natural, que diminuiu 7,9%, e na de petróleo, que caiu 19,3%, principalmente devido à estabilidade hídrica. Por outro lado, a geração de energia solar teve um crescimento impressionante de 68,1%, seguida pela energia eólica, que aumentou 17,4%.
Mercado de Energia e Emissões de Gases de Efeito Estufa
O mercado cativo, que historicamente dominava sobre o mercado livre, tem perdido participação nos últimos anos. A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores do Grupo A (alta tensão) em janeiro de 2024 sugere uma nova redução no mercado cativo, conforme esperado na próxima edição do anuário da EPE, a ser publicada em 2025.
Em termos de consumo, o setor industrial foi o maior consumidor de energia, representando 35,4% do total, seguido pelo setor residencial com 31%. A região Sudeste foi responsável por 48% do consumo total de energia no país.
Quanto às emissões de gases de efeito estufa decorrentes da geração de energia, houve uma redução de 6% em 2023. Das 38,9 milhões de toneladas de CO₂ emitidas, 51,4% vieram da indústria automobilística, 42,9% da geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), e 5,7% dos sistemas isolados.
Débora Souza
