A Comissão Naval Brasileira em Washington (CNBW) lançou a Solicitação de Cotação (RFQ) nº Q2024-0074, visando adquirir drones Mavic 3 e Matrice da DJI Technology Co., Ltd. Esta iniciativa visa fortalecer as capacidades de vigilância e reconhecimento do Brasil, em um contexto global de crescente uso de tecnologias de drones.
Expansão da DJI e Impacto Global
A SZ DJI Technology Co., Ltd., líder global em drones comerciais e de consumo, tem expandido sua presença no Brasil e América Latina, detendo uma significativa participação de mercado global. Em 2021, a empresa já controlava mais de 70% do mercado, competindo com Intel e Yuneec.
Uso dos Drones pelo Exército Brasileiro
Desde pelo menos o ano passado, o Exército Brasileiro utiliza drones DJI para missões de Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvos e Reconhecimento (ISTAR). Em 2022, a Aviação do Exército recebeu um lote considerável de drones Mavic 2 Enterprise e Matrice 300 RTK, fortalecendo suas operações.
Preocupações Internacionais e Controvérsias
Durante a Operação Southern Seas 2024, a Comandante do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom), General Laura Richardson, expressou preocupações com a influência crescente da China na região, destacando o uso de tecnologias como os drones DJI.
Nos Estados Unidos, a DJI enfrenta críticas de legisladores devido a preocupações com segurança nacional. Recentemente, aprovou-se na Câmara dos Representantes dos EUA a Lei de Combate aos Drones do PCC, que visa restringir operações da DJI na infraestrutura de comunicação do país, aguardando debate no Senado.
Enquanto o Brasil avança em suas capacidades de defesa com tecnologia de drones chineses, as controvérsias nos EUA destacam desafios significativos em relação à segurança e influência global da DJI. O desenrolar dessas questões terá impactos importantes nas políticas internacionais e no futuro das operações de drones ao redor do mundo.
Débora Souza
