A energia eólica onshore na América Latina está em franco crescimento, e o cenário para os próximos anos é promissor. Segundo relatório da consultoria Wood Mackenzie, a capacidade instalada de energia eólica na região deve dobrar até 2033, alcançando 79 GW. Três países são os principais motores dessa expansão: Brasil, Chile e Argentina, que juntos serão responsáveis por 81% desse crescimento.
O Brasil se destaca como o líder regional, sendo responsável por 54% da expansão prevista, o equivalente a 21,5 GW adicionais até 2033. Em 2023, o país já havia registrado um recorde de 5,9 GW de capacidade eólica onshore, impulsionado por uma corrida para garantir subsídios antes do vencimento das taxas de transmissão. O setor comercial e industrial (C&I) será o principal impulsionador, com estimativas de que 87% do crescimento virá de contratos de fornecimento de eletricidade para esses segmentos.
No Chile, o processo de transição energética também avança, com a expectativa de adição de 6,2 GW nos próximos anos. Aproximadamente 60% dessa capacidade virá de contratos de longo prazo com o setor C&I. Já a Argentina, apesar de enfrentar desafios financeiros, deverá somar 4,5 GW à sua capacidade eólica por meio de seu esquema C&I conhecido como ‘Mater’.
Embora o crescimento continue, há obstáculos que precisam ser superados. A analista sênior da Wood Mackenzie, Kárys Prado, destaca que o Brasil e o Chile enfrentarão uma desaceleração no crescimento devido à superprodução incentivada por políticas passadas. Para que o setor se recupere, será necessário investir na modernização da infraestrutura de transmissão e na demanda por energia, além de explorar oportunidades emergentes, como o hidrogênio verde.
Outro desafio relevante é a concorrência com a energia solar fotovoltaica, que, devido à sua capacidade de ser instalada em locais diversos, oferece uma competição significativa para a energia eólica.
O papel do mercado livre será fundamental para o crescimento da energia eólica na América Latina. Consumidores de grande porte, com metas de descarbonização, serão os principais protagonistas desse mercado, especialmente em países como Argentina, Brasil, Chile e Peru, cujos mercados devem amadurecer ainda mais nos próximos anos. Por outro lado, na Colômbia e no Equador, os leilões centralizados continuarão sendo o principal mecanismo de expansão.
Em países como Bolívia, Guiana e Uruguai, as empresas estatais terão um papel crucial na promoção de novos projetos de energia eólica onshore. Políticas claras de oferta e demanda serão essenciais para desbloquear o potencial desses países, além de promover a diversificação do mix energético, com foco em tecnologias emergentes, como o hidrogênio verde.
Para que a América Latina concretize todo o seu potencial no setor eólico, será necessário investir fortemente em infraestrutura e na modernização das redes de transmissão. Somente assim, a região poderá garantir um crescimento sustentável e continuar avançando na transição para energias renováveis.
A forma como o Imposto de Renda é calculado frequentemente gera dúvidas. Muitos ainda acreditam…
Desde 2020, a Carteira de Trabalho Física foi substituída pela versão digital, facilitando a vida…
Com a chegada de 2025, milhões de aposentados e pensionistas aguardam com expectativa os reajustes…
O Nubank, um dos bancos digitais mais populares no Brasil, tem chamado atenção de milhões…
Se você trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988 e ainda não retirou suas…
Com a tecnologia transformando cada vez mais os serviços públicos, o aplicativo Meu INSS se…