O Brasil está prestes a se destacar na América Latina com a construção de seu primeiro túnel submerso, uma obra inovadora que conectará as cidades de Santos e Guarujá. Com um investimento bilionário de R$ 5,8 bilhões, a estrutura promete revolucionar o transporte na região, melhorando a mobilidade e impulsionando a economia local. Além disso, o projeto deve gerar cerca de 9 mil empregos durante seu desenvolvimento.
A obra, que será uma das maiores da história recente do país, visa solucionar um problema histórico: a travessia entre Santos e Guarujá, que até então era feita majoritariamente por balsas. O túnel, com 1,5 km de extensão, terá 870 metros submersos no canal do porto de Santos. A construção incluirá três faixas de tráfego em cada sentido, sendo uma delas destinada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de uma ciclovia e passarela para pedestres.
O projeto promete reduzir o tempo de travessia para apenas 1,5 minuto de carro, representando uma economia significativa em comparação aos atuais 50 minutos que os usuários levam utilizando balsas.
Além de melhorar a mobilidade, a obra do túnel submerso também visa reduzir o impacto ambiental. A diminuição do uso das balsas contribuirá para a redução da emissão de poluentes, como o dióxido de carbono, promovendo um transporte mais sustentável na região.
Outro ponto de destaque é a eficiência logística que a obra trará para o maior porto da América Latina, o Porto de Santos. A facilidade de deslocamento trará ganhos econômicos importantes para a movimentação de cargas e o comércio local.
A construção do túnel submerso será um marco para a engenharia brasileira. Seis módulos pré-fabricados de concreto armado serão submersos a uma profundidade mínima de 21 metros no canal do Porto de Santos. Esses módulos serão fabricados em uma doca seca e transportados por flutuação até o local da obra, onde serão encaixados com precisão.
O projeto exigirá um planejamento rigoroso, desde a preparação do leito do canal até a submersão dos módulos, com verificações constantes para garantir a integridade estrutural e a segurança do túnel.
O custo total da obra será dividido igualmente entre o governo federal e o estado de São Paulo. Para viabilizar a manutenção do túnel, será cobrado um pedágio no valor de R$ 12,30, o mesmo cobrado atualmente pelas balsas que fazem a travessia. No entanto, o acesso de pedestres será gratuito, incentivando o uso de meios de transporte mais sustentáveis.
Com o início das obras previsto para o segundo semestre de 2024, a expectativa é que o túnel submerso esteja concluído até 2027. A obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coloca o Brasil em posição de destaque em grandes construções de infraestrutura, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a modernização do transporte.
O túnel submerso não será apenas uma melhoria para a mobilidade, mas também um símbolo de inovação e progresso para o país.
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