A BP (BP.L), gigante britânica de energia, reportou uma queda de 30% nos lucros do terceiro trimestre deste ano, totalizando US$ 2,3 bilhões, o menor valor em quase quatro anos. O resultado foi afetado por margens reduzidas no refino e menores rendimentos nas operações de negociação de petróleo, refletindo o impacto da desaceleração econômica global e da redução na demanda, especialmente no mercado chinês.

Embora o recuo seja menor do que o esperado pelos analistas, a BP enfrentou agora uma pressão crescente sobre seu CEO, Murray Auchincloss, que assumiu o comando em janeiro com a promessa de revitalizar o desempenho financeiro da companhia enquanto direcionado à BP para uma transição energética sustentável. “Avançamos significativamente na simplificação e no foco dos negócios”, afirmou Auchincloss.

A resposta dos investidores foi cautelosa, com as ações da BP operando em queda de 2,3% na manhã desta terça-feira, ainda abaixo do desempenho de concorrentes como Shell e Exxon Mobil. No acumulado do ano, as ações da BP já caíram 15%, enquanto a dívida líquida da empresa aumentou em 9%, atingindo US$ 24,3 bilhões. Esse compartilhamento é resultado, em parte, da aquisição de 50% restantes na joint venture solar Lightsource BP, consolidando investimentos em fontes de energia de baixo carbono.

Apesar das adversidades, a BP manteve o pagamento de dividendos em 8 centavos por ação, além de confirmar a continuidade de seu programa de recompra de ações, estimado em US$ 1,75 bilhão para os próximos três meses. Auchincloss sinalizou também o potencial de aumentar a produção de petróleo e gás até o fim da década, enquanto ainda investe em projetos renováveis ​​e de biogás.

Analistas destacam que, embora a BP tenha espaço para expandir em áreas como combustíveis e biogás, a expectativa é que o mercado aguarde uma revisão nas metas financeiras antes de ajustar a variação sobre o crescimento da empresa.

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Suzana Melo é uma jornalista renomado com mais de 15 anos de experiência, em temas relacionados à inovação e desenvolvimento tecnológico, ela aborda com profundidade as transformações industriais e sustentáveis nesses setores. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas no Brasil.