quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

O mês de fevereiro promete ser decisivo para os investidores do Banco do Brasil (BBAS3). Com quatro anúncios importantes previstos, incluindo uma possível revisão na política de dividendos, este pode ser um momento estratégico para acompanhar de perto as movimentações da instituição.

Os destaques do mês incluem:

  • Possível elevação do payout para 50%;
  • Divulgação do novo calendário de dividendos;
  • Pagamento complementar referente ao quarto trimestre de 2024;
  • Projeções financeiras para 2025.

Vamos analisar cada um desses fatores e entender como eles podem impactar o desempenho da ação BBAS3.

Nova Política de Dividendos: Payout em 50%?

Atualmente, o Banco do Brasil distribui 45% de seu lucro na forma de dividendos. Caso o payout seja elevado para 50%, a instituição seguiria uma tendência observada em anos anteriores, quando o percentual de distribuição subiu de 40% para 45%.

Por que essa Mudança Pode Acontecer?

O maior acionista do Banco do Brasil é o Governo Federal, através da Secretaria do Tesouro Nacional. Diante do atual cenário de aumento de gastos públicos, elevar o payout permitiria ao governo arrecadar mais dividendos, ajudando a fechar suas contas.

Caso essa alteração se concretize, poderemos ver um aumento na distribuição de lucros aos acionistas, o que é positivo para quem busca renda passiva. No entanto, isso também pode reduzir os reinvestimentos na própria empresa, o que pode impactar seu crescimento a longo prazo.

Calendário de Dividendos e Pagamentos em Fevereiro

Outra grande expectativa para este mês é a divulgação do calendário de dividendos para 2025. No mesmo evento, será anunciado o pagamento complementar referente ao quarto trimestre de 2024.

Datas Importantes:

  • 19 de fevereiro – Anúncio do dividendo complementar referente a 2024;
  • 11 de março – Data de corte para os acionistas receberem o pagamento;
  • 20 de março – Data de pagamento.

Normalmente, os dividendos complementares tendem a ser mais elevados, podendo chegar a R$ 0,40 a R$ 0,50 por ação.

Projeções para 2025: O que Esperar do Banco do Brasil?

A projeção financeira do Banco do Brasil para 2025 será divulgada em 8 de fevereiro, e trará informações cruciais sobre as expectativas de lucro e desempenho da instituição.

O principal indicador a ser observado é o lucro líquido ajustado, que servirá de base para estimar dividendos futuros e o preço teto da ação.

BBAS3 Ainda Vale a Pena?

Mesmo com a recente valorização de suas ações, o Banco do Brasil ainda está descontado em relação ao seu histórico. Alguns dos principais indicadores reforçam esse ponto:

  • P/L (Preço sobre Lucro): Atual de 5,5, enquanto a média histórica é 6,5;
  • P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial): Atual de 0,88, abaixo da média de 0,98.

Impacto no Dividend Yield

Se o payout for aumentado para 50%, o dividend yield da ação subiria de 10% para 11,2%, tornando a BBAS3 ainda mais atrativa para quem busca renda passiva.

O Que Fazer com BBAS3?

Os próximos dias serão decisivos para quem investe no Banco do Brasil. Se o payout for realmente elevado, podemos esperar um dividend yield ainda mais atrativo. Contudo, como os grandes investidores estrangeiros preferem reinvestimento em crescimento, a reação da cotação pode ser neutra no curto prazo.

Para quem foca em dividendos, BBAS3 segue como uma das melhores opções da Bolsa, estando entre as 10 ações mais baratas para valorização e com um histórico sólido de distribuição de lucros.

Acompanhe as datas, faça seus cálculos e avalie se BBAS3 continua sendo um bom ativo para sua estratégia de investimento!

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.

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