Até 2030, Brasil pode superar EUA e Europa em carros elétricos

O Brasil está se posicionando como um líder potencial no mercado global de veículos elétricos (VEs), com expectativas de que até 2030 os carros elétricos ultrapassem os modelos a gasolina. Este avanço representa uma mudança significativa para o oitavo maior produtor de automóveis do mundo e o sexto maior mercado doméstico.

Um estudo recente do Boston Consulting Group projeta que, até 2040, os veículos elétricos e híbridos poderão constituir mais de 90% do mercado brasileiro de carros, um aumento dramático em comparação aos 7% atuais. Esse crescimento é impulsionado tanto pela iniciativa local quanto pela influência de gigantes automotivos estrangeiros.

Fabricantes chineses, como BYD e GWM, estão na vanguarda, não apenas importando VEs, mas também estabelecendo produção local no Brasil. Por outro lado, marcas tradicionais como General Motors (GM) e Stellantis estão introduzindo modelos híbridos-flex, que podem operar tanto com etanol quanto com gasolina, complementados por sistemas de bateria. Estes modelos representam uma estratégia adaptativa para se manter relevante no mercado em rápida transformação.

Para os investidores, o crescente mercado de VEs no Brasil oferece uma oportunidade promissora. A adaptação das montadoras tradicionais à transição para energia verde sugere possíveis movimentos estratégicos significativos e oportunidades de expansão no setor. O cenário indica um futuro onde a sustentabilidade é prioritária, refletindo uma tendência global de migração para o transporte sustentável.

A transição brasileira para veículos elétricos pode influenciar não apenas o mercado interno, mas também as dinâmicas globais e as políticas de transporte, marcando um possível avanço na infraestrutura e tecnologia necessária para suportar esta revolução elétrica. Este panorama coloca o Brasil em uma posição estratégica no cenário internacional, potencialmente estimulando inovações e colaborações transnacionais no campo dos veículos elétricos.