quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

A aposentadoria com pedágio de 100%, uma das regras de transição introduzidas pela reforma da Previdência, continua a gerar dúvidas entre os segurados que buscam entender se essa modalidade é viável para sua situação em 2025. Neste artigo, explicaremos os principais requisitos, as vantagens e limitações dessa opção, além de destacar a importância do planejamento previdenciário.

O que é o Pedágio de 100%?

Essa regra de transição aplica-se aos segurados que já estavam contribuindo com o INSS na data da reforma da Previdência, em 13 de novembro de 2019. Para se qualificar, é necessário cumprir:

  • Tempo de contribuição: 30 anos para mulheres e 35 anos para homens.
  • Pedágio: É obrigatório contribuir com o dobro do tempo que faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição na data da reforma.

Por exemplo, uma mulher que possuía apenas um ano de contribuição em 2019 precisará trabalhar mais 59 anos, somando 30 anos para atingir o tempo mínimo e mais 29 anos referentes ao pedágio.Aposentadoria com pedágio de 100% em 2025: saiba como funciona e quem pode se beneficiar

Idade Mínima

Além do tempo de contribuição e do pedágio, a idade mínima também é exigida:

  • Mulheres: 57 anos
  • Homens: 60 anos

Essa combinação de requisitos torna a modalidade pouco acessível para segurados que estavam muito distantes do tempo mínimo de contribuição na época da reforma.

Vantagens e Limitações

A principal vantagem do pedágio de 100% é a integralidade do benefício, sem a aplicação de fator previdenciário ou coeficientes redutores. No entanto, há casos em que ela não é a melhor escolha:

  1. Tempo de contribuição elevado: Segurados com mais de 40 anos de contribuição podem se beneficiar mais de modalidades como aposentadoria por pontos ou idade progressiva, que podem oferecer até 110% da média salarial.
  2. Longo prazo para cumprimento: Para quem tinha pouco tempo de contribuição em 2019, cumprir o pedágio torna-se inviável, especialmente considerando a idade mínima.

Planejamento é Fundamental

A advogada especialista em direito previdenciário, Celise Beltrão, ressalta a importância de um plano previdenciário detalhado:

“Não basta cumprir os requisitos. É essencial calcular todas as possibilidades e entender qual regra oferece o melhor benefício no seu caso.”

Por isso, é altamente recomendável buscar orientação profissional e realizar simulações completas antes de tomar decisões sobre aposentadoria.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.

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