quarta-feira, 19 fevereiro / 2025

Em 2025, o fundo imobiliário GARE11 surge como uma das principais opções para investidores que buscam rentabilidade e segurança no mercado de imóveis. Após um período de oscilações no preço das cotas, GARE11 está sendo negociado a R$ 8,17, abaixo de seu valor patrimonial (VP) de R$ 9,91, sinalizando uma oportunidade potencialmente lucrativa para quem deseja investir no setor.

Desempenho Histórico e Atual do GARE11

Historicamente, GARE11 manteve seu preço de cotas acima ou próximo ao seu VP, refletindo a confiança dos investidores e a solidez dos seus ativos. No entanto, em 2024, o fundo, assim como outros fundos imobiliários, enfrentou uma queda significativa em sua cotação, atingindo uma mínima de R$ 7,90 em novembro. Atualmente, apesar de uma breve recuperação, o preço das cotas permanece abaixo do VP, oferecendo uma margem de segurança atraente para novos investidores.

Análise do Preço Justo

Para determinar se GARE11 está a um preço interessante para investimento, foram utilizados três modelos de avaliação: P/VP, Modelo de Gordon e Modelo de Lésio Bazin.

  1. P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial): GARE11 está posicionado na 99ª posição entre 100 ativos imobiliários de tijolo com maior desconto, com um preço justo estimado em R$ 9,16. Com a cotação atual de R$ 8,17, há uma margem de segurança de aproximadamente 11%.
  2. Modelo de Gordon: Este modelo sugere um preço justo de R$ 8,47 para GARE11, considerando uma taxa de crescimento de 3% e um prêmio de risco adequado. A cotação atual de R$ 8,20 está abaixo desse valor, indicando uma margem de segurança de cerca de 2%.
  3. Modelo de Lésio Bazin: Aponta um preço justo de R$ 14,00, com uma margem de segurança significativa de 63%. Apesar de ser mais conservador, reforça a atratividade do preço atual.

Com base nesses modelos, GARE11 está sendo negociado de forma atraente, apresentando potencial de valorização conforme se aproxima do seu valor patrimonial.

Impacto das Expectativas Econômicas

A expectativa de aumento da taxa Selic em 1% nas próximas duas reuniões do COPOM e uma projeção de 15% para 2025 pode impactar os fundos imobiliários de tijolo como GARE11. O aumento da Selic tende a pressionar os preços das cotas dos FIIs, mas também pode atrair investidores em busca de renda fixa, o que pode reduzir ainda mais o preço das cotas, tornando a aquisição ainda mais atrativa para quem busca margem de segurança.

Qualidade dos Ativos e Gestão do Fundo

GARE11 possui um portfólio diversificado com 10 imóveis, incluindo ativos logísticos e de renda urbana. A qualidade dos contratos é um ponto forte, com contratos atípicos de longa duração e cláusulas que asseguram a multa total em caso de rescisão antecipada, proporcionando maior segurança aos investidores.

Além disso, o fundo conta com sete inquilinos de renome, como Grupo Pão de Açúcar, BRF e Carrefour, empresas reconhecidas pela solidez financeira e comprometimento com seus contratos de aluguel. A diversificação e a qualidade dos inquilinos contribuem para a estabilidade dos rendimentos do fundo.

Rentabilidade e Perspectivas Futuras

Em 2024, GARE11 apresentou um aumento nos rendimentos, mesmo com a queda no preço das cotas. O fundo paga atualmente mais de 1% ao mês de rentabilidade, com reajustes nos aluguéis e ganhos de capital provenientes da venda de ativos. Essa combinação de aumento nos rendimentos e preços das cotas abaixo do VP torna GARE11 uma opção atraente para investidores que buscam tanto renda passiva quanto potencial de valorização de capital.

GARE11 se destaca como uma opção sólida no segmento de fundos imobiliários de tijolo, especialmente para investidores que buscam oportunidades de compra com margem de segurança. Apesar das incertezas econômicas e das projeções de aumento da Selic, a qualidade dos ativos e a gestão eficiente do fundo indicam que GARE11 possui fundamentos robustos para suportar possíveis volatilidades de mercado.

Investidores interessados devem analisar cuidadosamente seus critérios de investimento e considerar a paciência como uma virtude para aproveitar o potencial de valorização das cotas de GARE11. Consultar relatórios gerenciais e manter-se atualizado sobre as movimentações econômicas e decisões do COPOM serão essenciais para tomar decisões informadas.

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Mariovaldo Azevedo é formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP) e possui especialização em Gestão Bancária e Crédito pela FIA Business School. Com mais de 20 anos de atuação no setor bancário, Mariovaldo acumulou vasta experiência em linhas de crédito, financiamento e operações bancárias. Como colunista do O Petróleo, ele compartilha conhecimentos práticos e informações valiosas sobre produtos financeiros e serviços bancários, ajudando leitores a tomarem decisões informadas.

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